terça-feira, 6 de abril de 2010

Enduro de Ourem Team Celcrumotos, Deltabox, Kawasaki


Enduro de Ourem
O enduro de Ourém tem sido ao longo dos anos, desta minha curta passagem pela caravana do Campeonato Nacional de Enduro, bastante marcante, este ano não foi exepção mas infelizmente pelas piores razões.
O figurino da prova resume-se a trialeiras fáceis, próprias de um passeio de grau mediano de deficuldade, uma CT á medida dos pilotos de motocross e uma Extreme pouco exigente. A ET e uma especial noturna salvaram tão incaracteristica prova.
Se lhe tivessemos chamado "Moto Rally de Ourém" não faltavamos á realidade.
Na minha modesta opinião, e não passa realmente disso, o Enduro como modalidade própria, digna do seu historial, recordo que foi a primeira competição realizada com motos e a sua designação deriva da palavra (endurance), que significa resistência em francês, saiu mais pobre de Ourém.
No sábado foi dia de verificações, surgio então o primeiro contratempo.
O som emanado pela minha bela Kawasaki ultrapassava o previsto regulamentarmente.
Como parece ser boa prática de entidade federativa assinei uma declaração de compromisso em que garantia a resuloção deste problema para a proxima prova.
Sem duvida uma forma inteligente de gerir o Enduro a nivel Nacional. Fica-se obrigado a reparar o problema para a proxima prova não sendo portanto obrigado a regressar a casa sem competir com todos os gastos inerentes a essa participação já efectuados, mas a cima de tudo com uma clara advertência de resolver a falha regulamentar para o futuro.
No nosso caso serão tomadas as medidas oficionais necessárias á resolução.
Parti confiante e consciente do peso da forte concorrência, mas ao final da primeira volta depois de não ter encontrado trialeiras dignas desse nome percebi que um lugar entre os cinco primeiros seria realmente dificil de atingir.
Quem tem paixão pelo Enduro e elegeu esta modalidade motociclista como o seu desporto sabe bem que há uma diferença abissal entre entrar numa especial cansado ou folgado. No primeiro caso um bom resultado na especial só está realmente ao alcance dos Enduristas.
A prova corria dentro da normalidade, encontrava-me estre os 4 primeiros mas na ultima passagem pela Extreme o botão corta circuito da minha moto montado de forma defeciente "robou-me" 35 segundos uma verdadeira eternidade para quem fazia 1 minuto e 1 segundo.
A Especial noturna foi emocionante, muito bonita, em que a envolvente humana deu-lhe um "sabor" muito bom. Apesar de uma ligeira queda venci destacado o meu rival de momento e á geral fiz um bom tempo.
O segundo fica-me gravado na memória por um mesclado de sentimentos que vaguearam desde uma profunda desilusão, á raiva e resignação.
Em termos competitivos não posso dizer que a prova estivesse a correr bem pois se por um lado nunca consegui um bom acerto na ET, em contrapartida na EX tudo saía bem. Por outro lado o figurino desta prova que baptizaram de Enduro dava alguma margem de vantagen aos pilotos provenientes de outras modalidades pois atacavam as especiais bem relaxados e folgados.
Apesar deste "senão" mantinha o 6º lugar da tabela classificativa, quando á entrada da ultima volta num controle a meio do percurso fomos todos alvo de verificações do grau de sonoridade das motos.
Para meu total espanto o mais bizarro aconteceu, fui penalizado um minuto, mas afinal porque motivo assinei um documento OFICIAL em que assumia inteiramente a responsabilidade de "NA PROXIMA PROVA TER O PROBLEMA do EXCESSO de SOM RESOLVIDO" ?
Não teria sido mais elegante por parte da federação não dar "tal " documento a assinar e reprovar a moto ou mesmo penalizar-me á partida?
Compreendo e aceito de bom agrado os controles feitos a meio da prova, acho inclusivamente imprescindiveis, o que não posso aceitar nem compreendo é a dualidade de critérios aplicada no meu caso.
Dirigi-me ao meu carros de apoio, comuniquei ao meu amigo de sempre nesta coisas das motos, pleno de raiva e desilusão, a minha vontade de abandonar a modalidade.
As suas palavras serenas próprias de um "cota" com mais de 25 aninhos em cada perna fizeram-me arrefecer um pouco o temperamento e reflectir sobre o tudo.
Como sou um homem de uma só palavra, habituado a honrar os meus compromissos, não poderia desiludir a maravilhosa equipa da CELCRUSMOTO que em boa hora nos abriu as portas.
Saí de Ourém triste e desiludido onde o lugar alcançado não foi o pior dos males, pois esse pode-se recuperar e uma desilusão mora para sempre em nós
Amigos até ao proximo Enduro.